A Visitação é como é conhecida a visita de Maria
Santíssima a sua parenta Santa Isabel como relatada no Evangelho de São Lucas (Lucas
1:39-56). É também o termo utilizado para se referir à festa que celebra esta
visita, comemorada no dia 31 de maio no cristianismo ocidental e em 30 de março
no oriental.
Visita
Logo após a Anunciação, Maria Santíssima parte
imediatamente para Hebron, ao sul de Jerusalém, para visitar sua prima Santa
Isabel e o marido dela, Zacarias. Os católicos creem que o objetivo desta
visita foi levar a graça divina para Isabel e para o seu filho ainda não
nascido, João Batista. Creem ainda que o fato de João ter estremecido no ventre
de Santa Isabel quando Maria a cumprimentou é sinal de que ele reconheceu a
presença de Jesus e, neste instante, foi purificado do pecado original e
preenchido com a graça divina. O diálogo travado entre as duas, como preservado
no texto de Lucas se tornou parte da oração da Ave Maria - quando Isabel diz «Bendita
és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre» (Lucas 1:42) -
e do cântico chamado Magnificat - na resposta de Maria Santíssima em «A
minha alma engrandece ao Senhor» (Lucas 1:42) (em latim: Magnificat anima mea Dominum)
-, reservado para esta festa.
É de tradição católica que no mês de maio sejam feitas homenagens à
Padroeira, entre elas a coroação de Nossa Senhora. Maio é o mês das mães
e, por isso mesmo, também é dedicado a Maria, mãe de Jesus.
A coroação de Nossa Senhora é uma homenagem a Maria, e também uma forma de devoção ao amor à mãe do redentor.
A Virgem Maria é mais conhecida como Nossa Senhora desde o começo do
Cristianismo. Considerada espelho de todas as virtudes, mais completa
que os santos que espelham virtudes particulares, seus atributos são
devotados em suas manifestações.
A maior parte dos títulos atribuídos à Virgem Maria tem origem da
devoção. Como Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora das Dores, Nossa
Senhora Imaculada.
Outros foram criados por artistas como Nossa Senhora Desatadora de
Nós e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Há também as aparições como
Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora de Fátima, e a brasileira
Nossa Senhora Aparecida.
Origem da Tradição
A tradição começou a ganhar popularidade no século XVIII, na Europa
católica. Como na região esse mês é primavera, época de colher frutos e
flores, os religiosos homenageavam Maria como sendo a mais bela flor de
todas. Dessa forma, começaram a realizar coroações à imagem da santa
como forma de veneração.
Já no século XIV, mais precisamente em Paris, essa tradição começou a
ganhar mais adeptos e mais detalhes formais, já que nessa época a
imagem de Maria era sempre adornada de joias preciosas e a igreja
católica estava ainda mais solidificada.
Foi Felipe Neri, que se tornou santo, quem estabeleceu oficialmente o
mês de maio como sendo todo de Maria e a quem dedicava às flores
colhidas no período.
Retratada na arte sacra, a coroação de Maria era feita pelo próprio
Jesus, que a denominava Rainha dos Céus. Outras imagens definem sua
coroação no paraíso ao redor de santos e anjos. Essas imagens eram
postas no altar da igreja, em suas laterais, ou mesmo em capelas
dedicadas à santa.
No Santo Rosário, a Coroação de Maria é o quinto mistério e pertence ao último episódio da Vida de Virgem Maria na sua Assunção.
Em maio também se comemorada o dia de Nossa Senhora de Fátima, uma
das invocações de Maria que fez aparições aos três pastorezinhos, na
Cova da Iria, em Fátima, Portugal. Ela fez sua primeira aparição no dia
13 de maio de 1917 e em 2017 se comemora o centenário desse dia
histórico para a igreja católica.
Os Símbolos da Coroação
Cada comunidade elege um dia de maio para fazer sua coroação a Nossa
Senhora, sempre com crianças ligadas à paróquia. Em geral elas formam um
coral que entoa cânticos, até que cada uma realiza a entrega de um
adorno a imagem, sendo que:
– A primeira entrega uma palma, que significa a pureza da alma de Nossa Senhora;
– A segunda coloca o véu, que representa sua virgindade;
– A terceira a coroa como Rainha dos Céus e de toda a humanidade.
– A segunda coloca o véu, que representa sua virgindade;
– A terceira a coroa como Rainha dos Céus e de toda a humanidade.
Outros símbolos como o terço, a estrela e o coração também fazem parte do ritual.
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