Livros Litúrgicos são livros que contém Ritos e Leituras das celebrações.
Para as Capelas em que os Acólitos ajudam na preparação dos livros sagrados, deve-se observar o zelo e respeito por todos e qualquer livro litúrgico. Deve o Acólito conhecer profundamente os mesmos para nas eventuais necessidades possa possa localizar e identificas as leituras solicitada pela liturgia do dia ou de acordo com as orientações do sacerdote.
Missal Romano
O Missal Romano ou Missale Romanum (do latim missale, relativo a Missa) é o livro litúrgico que contém todas as orações utilizadas na Celebração Eucarística. O Missal Romano é o livro usado nas missas de rito romano para as leituras próprias do celebrante. Ele contém vários tipos de orações eucarísticas.
O novo Missal Romano, aprovado pelo Papa, traz as instruções (cerca de 400 itens) que devem ser obedecidas para a celebração da Santa Missa em suas diversas formas aprovadas pela Igreja.
Para a Celebração Eucarística, o Missal Romano é colocado junto da cadeira do sacerdote celebrante, na credência, em uma estante ou em outro lugar adequado. Estando o sacerdote na cadeira, o acólito ou o coroinha toma o Missal e apresenta-o aberto ao sacerdote quando necessário. Durante a Liturgia Eucarística, o Missal é colocado sobre o altar na atril ou na pulvinária à esquerda do sacerdote.
Para facilitar o seu manuseio, o Missal possui algumas fitas, com as quais se devem marcar as páginas do formulário da Missa celebrada, além de linguetas ao lado marcando as Orações Eucarísticas.
Estrutura do Missal
- Introdução Geral
- Próprio do Tempo
- Ordinário da Missa
- Ordinário da Missa com canto
- Próprio dos Santos
- Missas Comuns
- Missas Rituais
- Missas para diversas necessidades
- Missas Votivas
- Missas dos Defuntos
- Formulários Em Apêndice
- Índices
Reforma litúrgica
A reforma mais recente dos textos do missal, aconteceu durante e após o Concílio Vaticano II, onde o papa Paulo VI, através Constituição Apostólica Missale Romanum, promulgou a mesma. O Papa João Paulo II promulgou, em 2002, a terceira edição típica do novo Missal Romano, que ainda não foi traduzida para o português.
Antes da grande reforma litúrgica efetuada por Paulo VI, o Missal Romano previa a celebração da chamada Missa tridentina, que era a forma anterior do rito romano e cujo uso foi amplamente restaurado pelo papa Bento XVI através do motu proprio Summorum Pontificum e da instrução Universae Ecclesiae. A forma ordinária da celebração da Missa segundo o rito romano continua a ser a do Missal Romano reformado e publicado por Paulo VI (chamada também de Novus Ordo Missae).
Lecionários
Os lecionários ou Lectionarium (do latim lectio, leitura) são os livros litúrgicos que contém as perícopes (trechos das Sagradas Escrituras) lidas nas Celebrações Eucarísticas e celebrações da Palavra de Deus. Para os demais sacramentos e sacramentais as leituras estão contidas nos próprios rituais.Atualmente existem três lecionários, reformados após o Concílio Vaticano II pela primeira vez em 1970, após a reforma do Calendário Romano. Uma segunda edição típica foi elaborada em 1981, sendo a atualmente utilizada.
Todos os lecionários contêm inicialmente, além dos decretos de aprovação da edição típica e da tradução, o Elenco das Leituras da Missa ou Ordo Lectionum Missae (OLM), documento que apresenta a importância da Palavra de Deus na Liturgia e os critérios para a escolha das leituras. O OLM teve sua primeira edição aprovada em 1969 e a segunda em 1981, sendo esta a vigente.
Em seguida, os lecionários apresentam as leituras, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, os salmos, os versículos de aclamação ao Evangelho e os Evangelhos de todas as celebrações propostas no Missal Romano.
Estrutura dos Lecionários
1. Lecionário Dominical
Ele consta de três partes, que correspondem a um ciclo de leituras de três anos. Isto quer dizer que a cada três anos voltam as mesmas leituras.
Apresenta as duas leituras, o salmo e o Evangelho para os domingos e solenidades, divididos em um ciclo trienal (anos A, B e C) no qual se lê os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, respectivamente. O Evangelho de João é lido em algumas celebrações solenes e festivas.
- A primeira leitura é tirada do antigo testamento e acompanha o sentido do evangelho daquele dia. (No Tempo pascal, a primeira leitura é dos atos dos apóstolos).
- O Salmo responsorial (salmo de resposta) também consta no lecionário. Ele acompanha ao sentido da primeira leitura.
- A segunda leitura é independente. não tem ligação nem com o evangelho, nem com a primeira leitura. (A não ser nas festas e nos tempos litúrgicos fortes). É uma leitura semi-contínua das cartas de novo testamento ou do apocalipse.
- A aclamação do evangelho também faz do lecionário, porque, em geral, acompanha o sentido do evangelho.
2. Lecionário Semanal
também chamado de ferial, composto por leituras para os dias da semana (de segunda a sábado). Apresenta a leitura e o salmo para os dias de semana, em um ciclo bienal (ano par e ano ímpar) e o Evangelho, que é anual, conforme o tempo litúrgico. Também contem a missa da quarta feira de cinza.
3. Lecionário Santoral
Lecionário para as missas dedicados aos santos, dos comuns, para diversas necessidades e votivas: às vezes chamado simplesmente de santoral, apresenta leituras, salmos e Evangelhos para as celebrações da Virgem Maria e dos santos e para as demais celebrações propostas no Missal Romano. Geralmente este lecionário apresenta várias sugestões de leituras, cabendo ao sacerdote ou responsável pela celebração escolher as mais oportunas.
No Brasil, há ainda um quarto lecionário, o Lecionário do Pontifical Romano. Diferentemente dos rituais, no Pontifical não há leituras. Assim, estas foram publicadas em um volume à parte. Contém as orações para diversas celebrações como Crisma; Ordenação de Bispos, Presbíteros e Diáconos, bênção de abade e abadessa, Consagração das Virgens, instituição de leitores, acólitos e de admissão entre os candidatos à Ordem Sacra, profissão religiosa, dedicação de Igreja e de Altar.
4. O Evangeliário
4. O Evangeliário
O Evangeliário ou Evangeliarium (do grego evangelion, boa notícia) é o livro que contém as perícopes evangélicas, isto é, os trechos do Evangelho lidos nas celebrações. O Evangeliário contém especificamente o Evangelho para as Celebrações Eucarísticas dos domingos e solenidades em seu ciclo trienal (anos ABC).
Por conter as palavras do próprio Cristo, “a leitura do Evangelho constitui o ponto alto da Liturgia da Palavra, para o qual a assembleia se prepara com as outras leituras” (OLM n.13). Assim, “sendo sempre o anúncio evangélico o ponto alto da Liturgia da Palavra, as duas tradições litúrgicas, a ocidental e a oriental, mantiveram uma diferença entre o Evangelho e as demais leituras. Com efeito, o livro dos Evangelhos era elaborado com grande cuidado, adornado e venerado mais do que qualquer outro Lecionário” (OLM n.36).
Assim, convém que nas celebrações mais solenes utilize-se um Livro dos Evangelhos distinto do livro das leituras, a fim de manifestar a primazia do Evangelho sobre os demais livros da Sagrada Escritura. Este Livro dos Evangelhos distinga-se dos Lecionários tanto pela nobreza de sua confecção quanto pelos sinais de veneração.
Para a Celebração Eucarística, o Evangeliário é conduzido elevado à procissão de entrada pelo diácono ou, na sua falta, por um leitor. À chegada ao altar, é depositado sobre este e aí permanece até a aclamação ao Evangelho.
Durante o canto da aclamação, o diácono ou o sacerdote toma o Evangeliário sobre o altar e, precedido pelos acólitos com incenso e velas, o conduz elevado até o ambão. Na proclamação do Evangelho, o livro recebe os sinais de reverência da incensação e do beijo do diácono ou do sacerdote.
Após a proclamação do Evangelho, se o celebrante for bispo, pode dar a bênção com o Evangeliário à assembleia, traçando com ele o sinal da cruz. Em seguida, o Evangeliário é conduzido a um lugar digno, na credência ou mesmo na sacristia.
Em algumas celebrações mais solenes, como na Solenidade do Natal do Senhor, na qual se recorda que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1, 14), a íntima ligação entre a Palavra de Deus e a Encarnação pode ser ressaltada colocando-se o Evangeliário à vista dos fieis em um lugar destacado, inclusive junto à imagem do Menino Jesus, no Natal. Esta prática é adotada no Vaticano para as celebrações do tempo do Natal.
Outros usos do Evangeliário na Liturgia são:
- Proclamação do Evangelho nos sacramentos e sacramentais, quando celebrados com maior solenidade;
- É entregue como insígnia ao Diácono e ao Bispo nas respectivas Ordenações;
- É sustentado sobre a cabeça do Bispo durante a Oração Consecratória em sua ordenação;
- É entregue ao pároco quando de sua posse;
- É exposto em uma estante no centro do presbitério nos Concílios e Sínodos.
ORIENTAÇÕES
Para a Celebração Eucarística, o lecionário é colocado no ambão antes do início da celebração. Não se permite entrar com o lecionário na procissão de entrada, muito menos antes das leituras. As únicas celebrações em que se prescreve sua entrada são a Dedicação da igreja e a bênção do ambão.
Durante a Liturgia da Palavra, os leitores, o salmista e o diácono ou sacerdote dirigir-se-ão ao ambão, para daí proferirem as leituras, o salmo e o Evangelho, respectivamente. Para as leituras e o salmo, utilize-se sempre o lecionário; para o Evangelho, o lecionário ou o evangeliário.
é so isso
ResponderExcluirClaro qui sim
ExcluiroBRIGADO
ResponderExcluirobrigado por ajudarem
ResponderExcluirObrigada não mi ajudaram
ResponderExcluir